O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, exonerou o ex-deputado Carlos Manato (PSL) da chefia da Secretaria Especial para a Câmara da Casa Civil.
O ministro avaliou que Manato não estava ajudando na articulação com o Legislativo.
Entretanto, o ex-deputado afirma que “o ministro é centralizador, quer fazer tudo sozinho, e a culpa não pode ser nossa, porque eu só fazia o que ele mandava.”, explicou para jornalistas de Brasília.
O ex-parlamentar e presidente do PSL no ES tentou indicar uma saída honrosa para sua demissão, dizendo que vai para o MEC.
Mas seu ato de exoneração não veio acompanhando da nomeação. Disse que foi convidado para assumir a assessoria parlamentar do Ministério da Educação.
Manato acusa Onyx
Manato disse ainda que sua vida é pública, e sempre será investigado, mas alega não ter nada a esconder “eu sou investigado, fui candidato majoritário ao governo do ES, então tudo que eles [imprensa] possam pesquisar eles já pesquisaram e não encontraram nada, não foi como com o Onyx [Lorenzoni] que descobriram o caixa dois e ele teve que admitir.”
Bancada não sabia
O coordenador da bancada, deputado Da Vitória, que esteve ontem na Casa Civil – antes de retornar para o ES no mesmo vôo de Manato – disse que a demissão do capixaba foi uma surpresa para ele.
“Fui a Casa Civil reclamar que a bancada não tem sido avisada adequadamente das agendas do governo federal no Estado. Já tivemos duas visitas de ministros Agricultura e Infraestrutura e alguns parlamentares sequer foram comunicados”, disse para a Agência Congresso.
O deputado Evair Melo (PP) disse estranhar a demissão. Sobre o MEC ele sugere aguardar. Já a deputada Norma Ayub (DEM) já tinha ouvido falar em demissões na Casa Civil através de uma ex-parlamentar paulista que também ocupa secretaria no governo Bolsonaro.
Nesta terça-feira (11), o Estadão confirmou que ele foi dispensado porque bateu de frente com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Manato queria indicar – sem aval da Bancada Capixaba – todos os cargos federais existentes no ES, cerca de 16 postos.
Só para a Codesa (Cia. Docas do Espírito Santo) ele tentou indicar três nomes, o empresario Marcos Guerra e Aroldo Natal, e um terceiro cujo nome a Agência Congresso não conseguiu apurar.
Todos os nomes indicados por Manato foram vetados pelo ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que acabou indicando o atual presidente da companhia, Antônio Júlio Castiglioni Neto, após consultar o ex-governador Paulo Hartung.
O Estadão confirmou que Manato caiu por se desentender com Onyx a respeito de nomeações do PSL, que estavam emperradas.
A Agência Congresso entrou em contato com o Ministério da Educação, que não confirmou a ida de Manato para a pasta, como disse o ex-deputado a jornalistas de Brasília.
*Agência Congresso