Pesquisadores e servidores da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) atuantes na elaboração dos Planos de Recursos Hídricos para as bacias hidrográficas capixabas e de seus respectivos Manuais Operativos (MOP’s), participaram do II Seminário Nacional de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, realizado entre os dias 17 e 19 de outubro, na Universidade Federal do Espírito Santo.
O coordenador técnico do projeto Planos de Bacias, Felipe Brandão, e Lorena Puppim, pesquisadora da equipe técnica, tiveram o trabalho “Influência do uso e ocupação do solo nos recursos hídricos de bacias hidrográficas com disponibilidade hídrica crítica” aceito para publicação e apresentação no evento. O projeto é executado Agerh, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), o Instituto Jones Santos Neves (IJSN) e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).
Para Brandão, um dos resultados do projeto, evidenciado no artigo, foi a identificação dos problemas relacionados a recursos hídricos e suas inter-relações na fase do diagnóstico (Etapa A do Plano de Bacia). A fase foi primordial para, posteriormente, pensar junto aos Comitês de Bacias as soluções para reverter ou minimizar situações que se repetem por muitos anos, como a escassez hídrica nas bacias do norte do Espírito Santo.
O desafio agora, segundo o coordenador e pesquisador, é viabilizar a execução das ações para o alcance das metas previstas no Plano de Recursos Hídricos. Daí a importância de participar de seminários sobre o assunto. “São nesses momentos em que são discutidos a relevância da gestão de recursos hídricos para solução de problemas e as propostas de desenvolvimento para o setor, valorizando profissionais que estudam e trabalham para a manutenção e formulação de políticas públicas do segmento”, ressalta Felipe Brandão.
Diante dos debates, palestras e do panorama de crise hídrica em algumas bacias hidrográficas do Espírito Santo, foi possível identificar e conhecer possíveis ações a serem tomadas para mitigação da crise. A pesquisadora Lorena Puppim destacou a palestra sobre as medidas tomadas para o enfrentamento da crise hídrica no Nordeste, bem como o caminho da dessalinização no enfrentamento dos cenários futuros de escassez hídrica. “O seminário foi um importante momento para conhecer os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos no setor de recursos hídricos e saneamento básico em todo o Brasil”, avalia Lorena Puppim.
Com o tema “Inovação Tecnológica e de Gestão para Alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, o evento promoveu o incentivo e a valorização dos profissionais da área de saneamento que tanto contribuem para a saúde pública, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, além de evidenciar a importância do estudo e gestão dos recursos hídricos a níveis nacional e estadual. Nos três dias de seminário houve palestras, dinâmicas, debates, exposição de materiais, serviços e novas tecnologias, além de apresentação de trabalhos técnicos.
A segunda edição do seminário foi uma realização da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção Espírito Santo (Abes-ES).
