
O veículo está estacionado em frente à Escola Antônio dos Santos Neves, ao lado Praça Angelina Spagnhol Covre, no Centro da cidade, para atendimentos nesta terça-feira (26), no horário das 8h às 14 horas. A Carreta é equipada para funcionar como uma unidade de saúde itinerante, com cinco consultórios e um posto de coleta de exames destinados a ações que favoreçam a busca ativa de novos casos de hanseníase. A ação é idealizada pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos (ONG DAHW), que conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), da multinacional Novartis Brasil e conta com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.
A carreta é utilizada também para treinamento de equipes municipais sobre diagnóstico precoce da doença, tratamento, prevenção de incapacidades e promoção em saúde.
Hanseníase
Conhecida comumente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e reduz a sensibilidade da pele. Geralmente, o distúrbio ocasiona manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas com perda ou alteração de sensibilidade em áreas como mãos, pés e olhos, mas também pode afetar o rosto, as orelhas, nádegas, braços, pernas e costas. A transmissão ocorre por meio das vias respiratórias (tosse, espirro, fala e respiração).
Após o diagnóstico, que está disponível nas unidades básicas de saúde, os pacientes recebem o tratamento completo baseado em poliquimioterapia (PQT), ou seja, associação de vários medicamentos, conforme a forma clínica. O tratamento da hanseníase interrompe a transmissão e previne deformidades.
Dados
O Espírito Santo registrou em 2018, 1,46 casos por 10.000 habitantes (aproximadamente 572 doentes em tratamento e com 5% de abandono). Em 1993, o Estado documentou 24,46 casos por 10.000 habitantes (cerca de 6.540 doentes, com percentual de abandono do tratamento em 59%).
Em relação à detecção de novos casos, também houve queda nos números durante o mesmo período, passando de 3,21 casos para 1,19 casos a cada 100 mil habitantes. Só no ano de 2018, foram registrados 467 novos casos da doença no Estado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que é menos de 1 caso por 10 mil habitantes.